Coletivo de skatistas em Campo Grande apoia mulheres que desejam aprender e a praticar o esporte


Com quase 3 anos de criação, Pantaneiras Skate Girls nasceu com o objetivo de quebrar preconceitos
Modalidade só foi inserida nas Olimpíadas de Tóquio em 2020 - Reprodução/ Arquivo pessoal

O skate como esporte só foi inserido nas olimpíadas de Tóquio em 2020, mas a prática já faz parte da vida de muitos amantes da modalidade há décadas. 

Não só como esporte, mas o skate é considerado uma paixão e incorporado como estilo de vida. 

A prática pode ser vista como algo masculino, mas isso tem se tornado cada vez mais minimizado, devido a insistência de meninas e mulheres em mostrar que elas também são um público forte.

Em Campo Grande, o coletivo feminino Pantaneiras Skategirls nasceu em 2019 com o objetivo de fortalecer a presença e incentivar mais garotas para o esporte. 

Apesar da vontade antiga de quebrar o preconceito, o coletivo nasceu após uma viagem a São Paulo, de uma das fundadoras Ana Gorgen, que viu de perto um coletivo paulista com cerca de 25 meninas participando. 

“O start mesmo foi quando eu fiz uma viagem e lá eu fui numa pista perto do Largo da Batata onde estava acontecendo um evento de um coletivo de meninas, chamado Batateiras Skate Girls. Era um evento de Halloween, só para mulheres. Então, fecharam a pista e só tinha meninas andando. Foi um dia muito especial pra mim”, comenta Ana. 

No retorno para a capital sul-mato-grossense, cheia de ideias, Ana uniu sua vontade com a amiga Edduarda Grego. “Eu cheguei super empolgada em Campo Grande, e aí a Duda já estava com isso na mente dela e unimos a força, a vontade e nasceu o coletivo, no final de 2019 e esse ano completamos 3 anos e já vemos um crescimento”, enfatizou.

Sobre as Olímpiadas, Ana vê como sinal positivo, pois trouxe visibilidade para o que as mulheres fazem. Foi um momento de quebrar o preconceito e mostrar que é um esporte importante.

“Estamos falando muito mais, as pessoas mais interessadas, tem a Rayssa Leal, tem a Pâmela Rosa. As Olimpíadas foram muito importantes para trazer essa visibilidade para o skate feminino, pois sempre foi muito marginalizado, por ser um esporte que vem de uma cultura de rua. Acredito que veio para quebrar um pouco esse paradigma”. 

Além de auxiliar quem deseja praticar, o coletivo também é uma forma de aumentar a presença feminina nas pistas. “E a ideia do coletivo também veio da necessidade que a gente tinha de ter amigas também, de ter parceiras para andar. Chegamos na pista,  e sempre está mais cheio de homens. Geralmente não tem uma menina para andar”. 

Atualmente o time conta com a ajuda de 8 colaboradoras, foi criado um grupo de whatsapp que conta com mais de 100 mulheres e são organizados alguns encontros mensais. No próximo dia 22 de outubro, vai ser realizado o encontro de Halloween na Rema Board House, às 17h. A entrada é gratuita, mas para o uso da pista é R$5 por pessoa e lanche coletivo. 


Fonte: Bianka Macário



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